No dia 14 de Julho às 17h00, na igreja do Espírito Santo, o FIOE - 1º Festival Internacional de Órgão de Évora apresentou o concerto de encerramento da primeira temporada, com a organista eborense Alice ROCHA e a oboísta Erika MASCHKE.

A extraordinária união destes dois instrumentos, órgão e oboé, fez com que muitos compositores escrevessem para eles.
Neste concerto, a simbiose foi feita pela adaptação de obras que não foram originalmente escritas para ambos os instrumentos, exigindo-lhe uma certa habilidade e virtuosismo.

Não foi este o concerto em que se exploraram novas técnicas e sonoridades. A originalidade deve-se sobretudo à capacidade de adaptação de obras, ampliando e incorporando novas músicas no repertório destes instrumentos.

O oboé moderno teve os seus primórdios por volta de 1820, no pensamento do grande oboísta Joseph Sellner em colaboração com o construtor Stefan Koch, que o perfeiçoaram e o tornaram apto para o repertório romântico e moderno.

O corne inglês, que de inglês nada tem por se tratar de uma derivação da designação francesa cor angulé, desenvolve-se a partir do oboé da caccia, possuindo uma sonoridade muitas vezes nostálgica e melancólica.

É nesta perspetiva que oboé e órgão se unem: o oboé nas visões de Sellner/Koch e o órgão, da mesmo modo, nas visões de Franck/Cavaillé-Coll.